sábado, 25 de fevereiro de 2012

SARAU DE POESIAS

Disciplina: LÍNGUA PORTUGUESA
Professor(a): Edenícia Oliveira
Série: 7ª/8º ano
Tema/ Conhecimento: POESIA
Tempo da aula: 04 H

PROCEDIMENTOS:
. Selecionar diversos livros de poesias;
. Colocá-los em uma mesa no quiosque da escola;
. Pedir que cada aluno escolha um livro para ler;
. Dar um tempo para que o aluno  tenha contato com a obra e leia algumas poesias;
. Pedir que cada aluno escolha a poesia que mais chamou a sua atenção (para  ler em voz alta);
. Sarau de poesias;
. Formar grupos de leituras para ler, conhecer e produzir atividades a partir da leitura do livro visando a  criação de um blog;
. Preencher fichas de acompanhamento e avaliação do grupo.
. Divulgar o sarau no wwwblogdaproedenicia.blogspot.com.





quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

SEQUÊNCIA DIDÁTICA - A Escola

A ESCOLA (Paulo Freire)

"Escola é...
o lugar onde se faz amigos
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se ‘amarrar nela’!
Ora , é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz."
Fonte: http://www.paulofreire.org/

                                 PLANO DE AULA

Série: 8º Ano
Disciplina:Língua Portuguesa
Professor(a): Edenícia Oliveira
Tema/ Conhecimento: Cidadania/Leitura e de produção de  texto
Carga Horária: 04H

OBJETIVO(S)
. Analisar e discutir o texto: A escola de Paulo Freire.
. Refletir sobre a importância da escola na vida das pessoas.
. Expressar-se oralmente, expondo ideias de forma clara e coerente.
. Elaborar paráfrase do texto lido.

DESCRIÇÃO DA AULA
. Apresentação do texto através de um vídeo.
. Leitura em uma só voz do texto pelos alunos e professor.
. Indagações: O que diz o texto? Você concorda? E pa você, o que é a escola?
. Fazer uma paráfrase do texto com o tema “A escola não é...”
. Apresentação das paráfrases.
. Seleção das melhores para publicar no www.blogdaproedenicia.blogspot.com
. Ilustração das melhores paráfrases em cartolinas.
. Exposição das produções no mural da sala.

RECURSOS NECESSÁRIOS
TV pendrive, Papel, caneta, Computador, Internet, cartolina, giz de cera, pincel atômico, cola recortes de revistas, etc

AVALIAÇÃO
. Através da participação na discussão do texto.
. Produção da paráfrase

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

CONTO - O CASO DO ESPELHO

Era um homem que não sabia quase nada. Morava longe, numa casinha de sapé esquecida nos cafundós da mata.
Um dia, precisando ir à cidade, passou em frente a uma loja e viu um espelho pendurado do lado de fora. O homem abriu a boca. Apertou os olhos. Depois gritou, com o espelho nas mãos:
- Mas o que é que o retrato de meu pai está fazendo aqui?
- Isso é um espelho - explicou o dono da loja.
- Não sei se é espelho ou se não é, só sei que é o retrato do meu pai.
Os olhos do homem ficaram molhados.
- O senhor... conheceu meu pai? - perguntou ele ao comerciante.
O dono da loja sorriu. Explicou de novo. Aquilo era só um espelho comum, desses de vidro e moldura de madeira.
- É não! - respondeu o outro. - Isso é o retrato do meu pai. É ele, sim! Olha o rosto dele. Olha a testa. E o cabelo? E o nariz? E aquele sorriso meio sem jeito?
O homem quis saber o preço. O comerciante sacudiu os ombros e vendeu o espelho, baratinho
Naquele dia, o homem que não sabia quase nada entrou em casa todo contente. Guardou, cuidadoso, o espelho embrulhado na gaveta da penteadeira.
A mulher ficou só olhando.
No outro dia, esperou o marido sair para trabalhar e correu para o quarto. Abrindo a gaveta da penteadeira, desembrulhou o espelho, olhou e deu um passo atrás. Fez o sinal da cruz tapando a boca com as mãos. Em seguida, guardou o espelho na gaveta e saiu chorando.
- Ah, meu Deus! - gritava ela desnorteada. - É o retrato de outra mulher! Meu marido não gosta mais de mim! A outra é linda demais! Que olhos bonitos! Que cabeleira solta! Que pele macia! A diaba é mil vezes mais bonita e mais moça do que eu!
- Quando o homem voltou, no fim do dia, achou a casa toda desarrumada. A mulher, chorando sentada no chão, não tinha feito nem a comida.
- Que foi isso, mulher?
- Ah, seu traidor de uma figa! Quem é aquela jararaca lá no retrato?
- Que retrato? - perguntou o marido, surpreso.
- Aquele mesmo que você escondeu na gaveta da penteadeira!
O homem não estava entendendo nada.
- Mas aquilo é o retrato do meu pai! Indignada, a mulher colocou as mãos no peito:
- Cachorro sem-vergonha, miserável! Pensa que eu não sei a diferença entre um velho lazarento e uma jabiraca safada e horrorosa?
A discussão fervia feito água na chaleira.
- Velho lazarento coisa nenhuma! - gritou o homem, ofendido.
A mãe da moça morava perto, escutou a gritaria e veio ver o que estava acontecendo. Encontrou a filha chorando feito criança que se perdeu e não consegue mais voltar pra casa.
- Que é isso, menina?
- Aquele cafajeste arranjou outra!
- Ela ficou maluca - berrou o homem, de cara amarrada.
- Ontem eu vi ele escondendo um pacote na gaveta lá do quarto, mãe! Hoje, depois que ele saiu, fui ver o que era. Tá lá! É o retrato de outra mulher!
A boa senhora resolveu, ela mesma, verificar o tal retrato.
Entrando no quarto, abriu a gaveta, desembrulhou o pacote e espiou. Arregalou os olhos. Olhou de novo. Soltou uma sonora gargalhada.
- Só se for o retrato da bisavó dele! A tal fulana é a coisa mais enrugada, feia, velha, cacarenta, murcha, arruinada, desengonçada, capenga, careca, caduca, torta e desdentada que eu já vi até hoje!
E completou, feliz, abraçando a filha:
- Fica tranqüila. A bruaca do retrato já está com os dois pés na cova!

Conto popular recontado por Ricardo Azevedo